segunda-feira, 8 de junho de 2015

Resenha: Homem-Máquina, Max Barry

  Bom dia pessoal! Hoje venho trazer a resenha de um livro que de uma forma interessante, nos faz refletir sobre a relação entre a humanidade e a tecnologia, com um senso de humor nerd muito bem estruturado para a proposta de Max Barry, vamos Conferir! 



 Título: Homem-Máquina
Título Original: Machine Man
Autor: Max Barry
Editora: Intrínseca
Páginas: 284
Ano: 2012

  Sinopse:
  Charles Neumann é engenheiro e trabalha em um sofisticado laboratório de pesquisas. Ele não tem amigos ou qualquer tipo de habilidade social, mas ama máquinas e tecnologia. Por isso, quando perde uma das pernas em um acidente de trabalho, Charlie não encara a situação como uma tragédia, mas como uma oportunidade. Ele sempre achou que o frágil corpo humano poderia ser aperfeiçoado, e então decide colocar em prática algumas ideias. E começa a construir partes. Partes mecânicas. Partes melhores.

  Resenha:
  Charles é um homem pouco sociável, pois não consegue estabelecer um relacionamento com outras pessoas. Sua vida é apenas celular, casa, trabalho e a construção de coisas, como ele mesmo prefere dizer. Em seu trabalho na empresa Futuro Melhor, Neumann passa a maior parte do seu tempo elaborando novos projetos, todos envolvendo máquinas e tecnologia, as suas maiores paixões. Por não ter amigos, seu maior companheiro se torna o seu celular e após perceber que o havia perdido, seu mundo para.  Preocupado acaba se distraindo no seu trabalho e assim sofre um grave acidente, que o deixa sem uma das pernas. 
  Após este episódio sua vida toma novos rumos, pois percebe, com a ajuda de Lola Shanks uma especialista em próteses, que existe uma forma de melhorar o corpo humano, já que para ele o ser humano é muito frágil e poderia ter alguns upgrades.
  A primeira vez que tive contato com este livro foi na Bienal do Livro em 2014. Apesar de gostar de Ficção Científica ainda não tinha muito interesse por ele, até que realmente decidi lê-lo. Durante a leitura acabei gostando muito do livro, onde o protagonista é um belo retrato de um estilo de vida no qual vivemos inteiramente por conta da tecnologia, onde também me incluo. 

“Eu não lia uma manchete havia horas. Podia estar acontecendo uma guerra. Podia ter havido terremotos. Liguei o rádio pela primeira vez em anos, e ele começou a matraquear sobre tapetes com desconto e como o rádio era uma excelente mídia para veiculação de propagandas, e será que eu gostaria de ganhar mil dólares?; olhei incrédulo para o aparelho e o desliguei. Queria meu celular. Eu nem queria fazer nada especifico. Só queria a possibilidade de fazer coisas. E o celular podia fazer várias.”

  O que me chamou muita atenção, além da construção de toda a história, foi a forma como o livro foi concebido, já que todos os dias Max Barry, em seu site, publicava uma página do livro e conforme os leitores iam dando as suas opiniões ele ia o modificando até chegar no resultado final: um livro onde Charles, em primeira pessoa, busca nos mostrar o que pensa e como realmente é. 
  Cheio de pontos instigantes, que nos fazem refletir sobre o nosso modo de vida e até que ponto podemos chegar na busca pelo aprimoramento, Homem-Máquina nos faz pensar e refletir a maneira como nos vemos e nos conhecemos, não levando a questões éticas ou o Homem X Natureza, mas sim o Homem X Sua Essência. 
  Dentro de um ambiente totalmente robótico, que satiriza a sociedade e sua dependência pela tecnologia encontramos Homem-Máquina, um livro que na minha opinião merece 4 estrelas pela sua construção e  originalidade.


  Espero que tenham gostado.
  Abraços, 
  Jeferson.



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